Antes de ser farmácia Brandão, era farmácia Popular, fundada em 1876, por Caetano José de Carvalho e o prédio localizava-se na rua Marechal Deodoro.
Francisco Ferreira Simões Brandão, farmacêutico, trabalhando na farmácia Popular, casou-se com Maria Eugênia, única filha de Caetano, o mesmo transfere a farmácia para seu genro.
Francisco muda o nome da farmácia, para Farmácia Brandão.
Francisco e Maria Eugênia tiveram 8 filhos: Augusto, Caetano, Francisco, José, Artur, Joaquim, Maria de Lourdes e Maria Antonia.
Maria Eugênia veio a falecer com 36 anos.
Não se sabe ao certo a época, mas Francisco também teve três filhos com Gertrudes: José, faleceu ainda jovem, Alziro e Maria Santana ( Nega ).
Dos filhos de Francisco dois destacaram-se em Piracaia : Alziro Brandão e Caetano de Carvalho Brandão.
Um pouco da história de Alziro Brandão.
Nasceu em 24 de agosto de 1920.
Casou-se com Maria José e tiveram 5 filhos: Francisco, Vânia, Augusto, Fernando e Jarbas.
Alziro como seu pai, também foi farmacêutico, na época ficava na farmácia com seu irmão Tetê e seu primo José Brandão, que era ainda muito jovem.
Também foi prefeito em dois mandatos: 1960 e 1973.
Alziro Brandão faleceu em 19 de novembro de 2002.
Outro filho de Francisco: Caetano de Carvalho Brandão, nascido em 25 de agosto de 1900, ficando conhecido como Tetê Brandão, foi também um grande farmacêutico e seguindo seu pai, um excelente fotógrafo.
Tetê casou-se com Maria José Peçanha e tiveram 8 filhos: Maria Eugênia, José Augusto, Valter Augusto, falecido ainda bebê, Otaviano Luiz, Ailton Flavio e Benedito Francis Vagner.
Tetê faleceu em 22 de maio de 1996, com 96 ano
José Augusto Peçanha Brandão, filho de Tetê Brandão, nasceu em 30 de abril de 1928.
Também continuou a profissão de seu avô e de seu pai; farmacêutico.
Zé Brandão, como era conhecido, casou-se com Regina Maura Peçanha Brandão, e tiveram três filhos: Clodomir ( Cazi ), José Carlos e Silvia.
Além de farmacêutico, foi vereador pela Câmara de Piracaia.
José Brandão faleceu em 19 de julho de 1996.
Quando Tetê Brandão faleceu, mudou a razão social da farmácia, ficando Farmácia Brandão e Filho, pois ficaram responsáveis pela empresa Zé Brandão e seu filho Clodomir.
Com morte de Zé Brandão, Clodomir ficou responsável pela farmácia até 20 de novembro de 1996, deixando a farmácia aos cuidados de seu irmão José Carlos. Este ficou até fevereiro de 2000.
Em 2000, o ponto e alguns medicamentos da farmácia Brandão foram locados para Jorge. Não estavam incluídos no contrato os móveis e objetos em geral.
Jorge em 2002, numa hora incerta , levou sem autorização do locador, todos os objetos antigos, medicamentos e alguns móveis, para um lugar também incerto.
O proprietário de direito do ponto, queixou-se aos órgãos competentes, mas Jorge e todos os objetos não foram localizados.
Algum tempo depois, soube o proprietário que Jorge tinha vendido alguns objetos para antiquários e uma máquina registradora estava penhorada. Não conseguindo reaver alguns móveis e objetos de grande valor, pois tudo que estava dentro do prédio, foi de seus bisavos, da farmácia Popular de Caetano, da farmácia Brandão de Francisco, de seu avô Tetê, do seu tio Alziro e de seu pai Zé Brandão. Jorge deu fim numa bonita história, uma história que podia ter estendida para um belo museu.
Como o prédio da farmácia e a residência que foi de Francisco e Tetê Brandão pertencia a herdeiros, em 2003 resolveram vender e o comprador foi Jesus, que logo em seguida demoliu os dois prédios, ficando assim a rua Marechal Deodoro sem a farmácia Brandão, sem a casa do Tetê Brandão. Hoje só ficaram lembranças e as imagens em belas fotos do Acervo Tetê Brandão.
Colaboram com esta pesquisa: Ailton Flavio peçanha Brandão , Neide Brandão e Clodomir Brandão ( Casi ).
Miria Maia
Assessora de Cultura e Turismo – Divisão de Cultura e Turismo
Prefeitura Municipal de Piracaia
Outubro de 2007
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